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terça-feira, 30 de outubro de 2012

A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NO TRABALHO COM CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL




A deficiência visual é caracterizada pelo comprometimento parcial ou total da visão, sentido que constitui um canal de acesso ao mundo e, portanto, é também a base de uma parte significativa das aprendizagens humanas. Quando há a perca parcial da visual, dizemos que o indivíduo é portador de baixa visão; quando o cmoprometimento desse sentido é total, consideremos o sujeito como portador de cegueira.
Através da visão o sujeito percebe a realidade à sua volta e interage com ela, agindo sobre os objetos com que se depara. Essa interação com os objetos do meio proporciona às crianças o seu desenvolvimento motor e cognitivo. No entanto a ausência de estímulos visuais diminui o rápido acesso à informação visual e a curiosidade gerando também o sentimento de insegurança e, muitas vezes, comprometendo o seu aprendizado, haja vista que, sem esta fonte de informação os conceitos são construídos de forma fragmentada, baseados em informações advindas de outros sentidos e em descrições verbais, muitas vezes subjetivas e imprecisas, comprometendo o desenvolvimento conceitual e linguístico, acarretando em verbalismo, pois a criança decora e repete conceitos sem conhecer o seu significado.
A inclusão de crianças portadoras de baixa visão ou deficiência visual em classes do ensino regular prevê uma melhor qualidade de vida para essas crianças, oportunizando às mesmas e às demais crianças a possibilidade não só de socialização mas, sobretudo,de uma aprendizagem  significativa e eficaz que lhes proporcione uma maior autonomia na execução de atividades cotidianas tanto na escola quanto fora dela.
Nesse contexto é necessário um empenho maior da escola no sentido de facilitar a aprendizagem desses alunos. Para tanto faz-se necessária um intervenção educacional  psicopedagógica junto à escola e à família, uma vez que o processo educacional ocorre nos vários ambientes em que os sujeitos estão inseridos. Esta intervenção visa a otimização no âmbito da realização de atividades necessárias ou de interesses do aluno.
Nesse trabalho de intervenção é imprescindível um trabalho de envolvimento da família, para que esta possa empenhar-se no desenvolvimento de competências e habilidades das crianças, melhorando o seu desempenho acadêmico.
É importante ressaltar que o psicopedagogo é o profissional mediador das potencialidades de aprendizagem do indivíduo, devendo portanto, possibilitar ao mesmo o seu desenvolvimento potencial, de modo que o mesmo torne-se autor do seu processo educacional. No entanto, a intervenção psicopedagógica inicia-se pelas etapas de diagnóstico que vão resultar na elaboração de estratégias de intervenção clínica e institucional.

INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

A intervenção psicopedagógica propriamente dita vai de encontro ao processo de integração do deficiente visual para que adquira uma melhor qualidade de vida. Essa intervenção abrange os campos institucional e clínico.

INSTITUCIONAL:

A intervenção psicopedagógica institucional implica no trabalho no com o aprendiz âmbito da instituição, visando a eficácia do processo de ensino-aprendizagem, promovendo mudanças significativas e revertendo o que venha a caracterizar obstáculos na aprendizagem e participação das crianças com deficiência visual no contexto familiar, escolar e social. Desse modo, sugere-se as seguintes formas de intervenção:
avaliação diagnóstica;
encontros com as famílias e o corpo docente;
trabalho de orientação das famílias e educadores por meio de dinâmicas de grupo para que  os mesmos estimulem o desenvolvimento sensório-motor das crianças cegas e com baixa visão;
rodas de conversa;
elaboração, junto aos educadores, de estratégias de organização da sala de aula como o uso de recursos propícios ao desenvolvimento de suas potencialidade

         CLÍNICA:

A intervenção psicopedagógica clínica se faz através de um trabalho específico com o aprendente, objetivando desenvolver as suas potencialidades cognitivas, motoras e emocionais, de modo que ele torne-se um sujeito autônomo capaz de atuar no meio social. Nesse sentido, o psicopedagogo clínico pode atuar realizando atividades de estimulação dos sentidos remanescentes como o tato, o olfato e a audição. Sugere-se, portanto, atividades como:
jogos de orientação e mobilidade;
modelagem com argila e massa de modelar;
rasgar e amassar papéis;
leituras em voz alta proporcionando informações verbais;
desenhos na caixa de areia;
amarrar e desamarrar os cadaços;


ORIENTAÇÕES PARA A FAMÍLIA

A família constitui o primeiro meio de convívio do aprendente e exerce forte influência na vida do mesmo, pois é no meio familiar que o sujeito vive suas primeiras experiências de vida. Desse modo, pode-se afirmar que a família é a base das futuras aprendizagens do indivíduo. É na comunidade familiar que se deve dar início ao processo de integração do aprendente através da estimulação precoce do uso da visão e dos demais sentidos
O trabalho psicopedagógico junto às famílias constitui um trabalho de orientação para o desenvolvimento da aprendizagem do sujeito.
É importante ressaltar que muitas vezes esse trabalho inclui, inicialmente, atividades de resgate da auto-estima dessas famílias, que muitas vezes encontram-se inseguras diante do fato de terem em seu meio uma criança com deficiência.
No caso das crianças com deficiência visual total ou parcial, o psicopedagogo deve orientar a família sobre o tratamento e a atenção dada a essas crianças, bem como sobre como estimular o desenvolvimento cognitivo, motor e emocional das mesmas. Nesse contexto há uma série de atividades que a família pode realizar em casa, como a aplicação de uma rotina que leve ao desenvolvimento desses aprendentes. A disposição e localização de objetos pelos cômodos da casa, a descrição de percursos, leituras em voz alta, descrição de cenas de um filme, são estratégias de estimulação que podem ser realizadas pela família e que podem favorecer a independência do aprendente na realização de suas atividades cotidianas.


SUGESTÕES DE LIVROS

No ano de 2008, através do decreto nº6.571, foi publicado o Projeto do Livro Acessível para alunos com Deficiência Visual, dentre outros recurso multifuncionais. Nesse mesmo ano foi lançado o edital para a aquisição de livros voltados para a orientação pedagógica e livros de literatura infanto-juvenil. Também foi efetivada a parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro para a produção do livro em áudio, que é o livro digital falado. Atualmente já se dispõe também no Brasilde publicações com audiodescrição, que são livros que descrevem detalhadamente todas as ações e situações contidas no texto. Ao contrário dos áudiolivros onde alguém narra os fatos, os livros com audiodescrição descrevem desde as imgens às expressões corporais e faciais.
A sugestão é que sejam levados para a sala de aula livros adequados aos alunos com deficiência visual que abordem o tema das diferenças e como conviver com as mesmas. Nesse contexto, indicamos o livro da escritora Mônica Picavêa “Simplesmente Diferente” que trata da inclusão e é voltado para o público infantil. Trata-se de uma coletâne de histórias baseadas em pessoas reais. Essas histórias ajudarão as crianças a ver a diversidade com mais naturalidade.
No que se refere às publicações voltadas para embasamentos teóricos e aplicação prática de metologias de inclusão de crianças com deficiência visual, sugerimos o livro “A experiência como fator determinante na representação espacial de pessoas com deficiência visual” da pesquisadora Sílvia Elena Ventorini. O livro é baseado em suas experiências com crianças cegas e com baixa visão e concilia teoria e prática no trabalho com essas crianças. Na obra ela propõe uma reflexão sobre a importância dos fatores sociais e culturais no desenvolvimento psíquico, motor e cognitivo das crianças com deficiência visual. Dessa forma, a autora contribui com educadores no trabalho com essas crianças na promoção da sua aperndizagem.


           SUGESTÕES DE JOGOS COMO INSTRUMENTO DE 
                                                    INTERVENÇÃO PSCOPEDAGÓGICA

                  Os jogos e as brincadeiras são de fundamental importância no processo de aprendizagem de crianças sejam elas normais ou portadoras de alguma deficiência, haja vista que causa divertimento, entusiasmo e confiança..
                  Há vários tipos de jogos, dentre eles os jogos motores,que estimulam a motricidade; os jogos intelectuais, voltados para o desenvolvimento cognitivo; e os jogos competitivos e de cooperação, que trabalham as relações e a afetividade.
                  Considerando os benefícios do jogo no contexto educacional, vale ressaltar a iomportância do mesmo no processo de ensino-aprendizagem de crianças cegas e com baixa visão, principalmente no processo de alfabetização em braille.
                   Nesse contexto, sugerimos a aplicação de jogos que estimulem o tato, a audição e o olfato, como jogos em alto relevo ( jogo da memória, dominó com gravuras, etc.), jogos com peças de encaixe (torre de argolas ou cubos e outras formas geométricas, resta um, quebra-cabeça do corpo humano e de mapas...) e jogos motores ( encontrar um objeto após orientação, dança, etc.).



EQUIPE RESPONSÁVEL:

Cleidinalva A da C Nascimento
Kédna da Silva Alves
Mª de Loourdes da Silva Lima
Mª do Socorro Nascimento Silva
Mª do Socorro Pereira dos Santos
Mª Teresa Guimarães Fortes
Valdirene Barbosa Ferreira


Teresina, 09 de maio de 2011




SITES PARA PESQUISAS

http://www.psicopeedagogia.com.br
www.bengalabranca.com.br
http://www.bengalalegal.com
http://www.inclusive.org.br
http://www.lerpraver.com
www.ibc.gov.br
www.cegas.com.br
http://analgesi.co.cc/html/t30436.html
http://deficieciavisual.com.sapo.pt/txt.adeficienciavisual.htm
www.unesp.br



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SEMINÁRIO MUNICIPAL DE GESTORESE EDUCADORES DO PROGRAMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DIREITO À DIVERSIDADE, 5., 2009, Teresina, Piauí.

SOUSA, Luciana Frazão de. Inclusão em Educação: Construindo um Processo Psicopedagógico. Disponível em:<http://www.psicopeedagogia.com.br
acesso em 07 de maio de 2011.

DINIZ, Gleidemar J. R. Psicodrama Pedagógico e Teatro-Educação. São Paulo, Ícone, 1995

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