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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

MARIA LUÍSA, MINHA ESTRELA AMIGA Às vezes procuro a minha estrela amiga pra falar, mas, ela está tão longe!.. Talvez nem exista! E se existe, não lembra mais de mim... A solidão é tão grande! Grande como a desconfiança que tenho das pessoas, do mundo. Quando eu era criança, conheci alguém lá no fundo da minha imaginação. Minha amiga Maria Luísa. E vivemos muitas aventuras juntas. Brincamos, sorrimos choramos. Mas com o passar tempo, fui crescendo e a criança em mim adormecendo... eu fui esquecendo a nossa amizade. As responsabilidades foram aumentando tomando todo o meu tempo. E Maria Luísa, sempre tendo que esperar por mim... Até que um dia , ela se cansou e se foi de vez. No início não sofri muito com a sua ausência, pois estava encantada com a “deslumbrante” realidade da pré-adolescência. Novos amigos, novos interesses e a busca por novas aventuras. Mas com o passar do tempo as ilusões foram desaguando no oceano das incertezas. Hoje me encontro neste oceano em um barco a vela indo onde o vento me leva. E na solidão, olho para trás na esperança de reencontrar Maria Luísa. Mas ela não está lá... Para minha tristeza, ela não está lá Que saudades eu sinto! Com Maria Luísa a vida era bem mais simples!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

ESTRELAS TORTAS Por CLEIDINALVA A. DA C. NASCIMENTO Certa noite ao chegar à biblioteca comunitária do bairro para o ensaio da peça teatral na qual estávamos trabalhando, avistei-o ao longe, numa prateleira: Estrelas Tortas. Logo me senti atraída por ele, o livro do grande escritor Walcyr Carrasco, onde ele narra o drama de uma bela jovem estudante que fica paraplégica após sofrer um acidente de carro. O acidente altera toda a rotina da família que precisa adaptar-se à nova realidade. Todos passam a viver em torno de Marcela, a jovem paraplégica, e do seu tratamento, e, sob forte abalo emocional, as mudanças vão acontecendo. Os pais passam a trabalhar mais para pagar o tratamento da filha e a reforma da casa; a avó e o irmão da jovem passam a dedicar seu tempo a cuidar da mesma, e Marcela isola-se do mundo em crise depressiva. No decorrer da história, é possível notar que, a princípio, todos são tomados pelo desespero e pela falta de expectativa. A mãe, em crise, alimenta o sentimento de culpa, Marcela, em depressão, parece desistir da vida; Guilherme, o irmão, é levado pela sensação de ter a sua infância interrompida, pois tudo o que ele vê são as obrigações com a irmã, e o pai, sente necessidade de proteger a filha de tudo e de todos. Passa a ver a filha como um cristal que se quebrará a qualquer momento. No entanto, em meio a essa série de conflitos em torno do acidente, o que Guilherme classifica como “estrelas tortas”, é a própria Marcela quem encontra a luz que todos precisavam no momento. Apesar da frustração de ter que depender de uma cadeira de rodas para se locomover, aos poucos Marcela vai redescobrindo a vida, tornando-se independente e recuperando a alegria de viver. Volta a estudar, faz novos amigos, e, assim, mostra a todos, sobretudo aos pais, as suas capacidades. O que faz com que todos que estão a sua volta retomem suas vidas dentro das possibilidades, aprendendo com Marcela um jeito novo de ver e de viver a vida. Mas, por que “Estrelas Tortas”? Para Guilherme, as pessoas são como as estrelas, mas os problemas as tornam estrelas tortas. Elas perdem o brilho diante deles. Tornam-se fragilizadas e perdem a direção. Foi o que aconteceu com a sua família. Diante do acontecido, todos ficaram confusos até que a jovem Marcelo deu o primeiro passo rumo um novo estilo de vida. O livro Estrelas Tortas é uma boa reflexão. Todos nos deparamos com as estrelas tortas em nossas vidas. São os problemas, os conflitos, as decepções... Mas, precisamos enfrentá-las, tentar solucioná-las e conviver com as mesmas. O que ele nos repassa vai além do drama de Marcela e sua família. Ele nos ensina que não devemos desistir nunca, que o desespero não é a solução, pois sempre há uma saída para os nossos problemas que está dentro de nós mesmos. É a força e a determinação, a vontade de vencer...E o primeiro passo é encarar as dificuldades de frente sem autopiedade.